O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, em
entrevista à revista Época,
disse que é preciso ter coragem para fazer a diferença e afirma que o partido reduzirá os ministérios pela metade, se
chegar à presidência.
“Se o PSDB assumir o
governo, e eu tiver um papel nesse processo, não teremos no Brasil mais que 22
ministérios”, afirmou o senador.
Hoje, ocupando o cargo de líder nacional tucano, Aécio possui uma extensa agenda, que
busca uma reconciliação do PSDB com
a sociedade brasileira, em
especial com setores que já foram próximos e, ao longo do tempo, se distanciaram do PSDB. Sendo assim, Aécio acredita que o partido
tem um projeto melhor que esse que está aí para o Brasil.
Na entrevista, com um discurso
forte, o senador questiona alguns programas
atuais, como o
Bolsa Família. Para o ex-governador mineiro, o programa vem sido usado para fazer “contabilidade marqueteira”.
Ao ser questionado pelo baixo crescimento econômico e sua recente declaração de que
conseguiria, através de medidas, fazer com que o Brasil crescesse a 4%,
5%, o senador disse o seguinte: “ A saúde é trágica, a educação é de péssima
qualidade e a criminalidade avança sem respostas objetivas do governo. O
resultado da balança comercial é o pior dos últimos 20 anos, o
crescimento é pífio, a inflação está retornando. Esse cenário é de extrema
preocupação. Agora, não dá para dizer que os
problemas não são causados aqui. A Europa começa a se recuperar, os Estados
Unidos começam a se recuperar com maior vigor. Nós, segundo a Cepal, só para falar dos nossos
vizinhos, teremos um crescimento maior apenas que a Venezuela – talvez, em
solidariedade à Venezuela...”
Seguindo o pensamento do
ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, Aécio só se contrapõe a alguns pontos de vista
empunhados anteriormente pelo ex-presidente, como a liberação de drogas leves, mudanças na lei do aborto e a inflexibilidade com casamento
gay. Aécio se apresenta como homem de classe média e afirma não usar o
transporte público nem o SUS. “Não vou fazer demagogia” , declarou o
senador, concluindo a entrevista.
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